O diretor americano Jonathan Demme morreu na quarta-feira, em Nova York, aos 73 anos. A causa foi um câncer no esôfago e complicações de doenças cardíacas. Pensei em fazer uma lista de filmes para vocês conhecerem o trabalho dele. Vamos lá? E sim. Vamos começar pelo clássico óbvio: O Silêncio dos Inocentes. Que filme! Que suspense! Lançada em 1991, a produção estrelada por Jodie Foster, Anthony Hopkins, Ted Levine e Scott Glenn é baseado no romance homônimo de 1988, de Thomas Harris. O filme apresentou ao grande público Hannibal Lecter, um canibal, assassino em série, que aprisionado passa a receber a visita da xovem estagiária do FBI Clarice Starling, que procura a ajuda psicopata para prender um outro serial killer, conhecido apenas como Buffalo Bill.
O Silêncio dos Inocentes foi o terceiro filme da história a ganhar o Oscar em cinco categorias, das consideradas principais: melhor filme, melhor atriz, melhor ator, melhor diretor e melhor roteiro adaptado.
Mas este não foi o primeiro filme do diretor a chamar a atenção do público e da crítica. Antes disso, trabalhou com Roger Corman como co-roteirista e produtor de filmes b como Angels Hard as They Come (1971) e The hot box (1972).
Nos anos 1980, Jeff Daniels, Melanie Griffith e Ray Liotta integraram o elenco de Totalmente Selvagem, que recebeu três indicações ao Globos de Ouro. e a trilha? The Troggs, com Wild Thing.
Em 1993, foi a vez do tocante Filadélfia, um dos primeiros filmes de Hollywood a tratar da AIDS, falando abertamente de homossexualidade e homofobia. Estrelado por Tom Hanks e Denzel Washington, o filme conta a história de um advogado gay que trabalha para uma prestigiosa firma em Filadélfia. Quando fica impossível para ele esconder dos colegas de trabalho o fato de que tem AIDS, é demitido. É ai que ele recorre ao trabalho de um advogado homofóbico, para levar seu caso até o tribunal. Sim, Tom Hanks ganhou o Oscar de Melhor Ator por este papel e quem não se lembra de Streets of Philadelphia, de Bruce Springsteen? A faixa venceu como Melhor Canção Original.
Em 2004, lançou Sob o Domínio do Mal (remake da obra de John Frankenheimer de 1962), mais uma vez trabalhando com Denzel Washington, que vive um soldado que, em meio a Guerra do Golfo, é sequestrado pelo inimigo. Anos depois, já de volta em sua casa, passa a lembrar do processo de lavagem cerebral pelo qual passou enquanto esteve preso, e começa a desconfiar que um de seus companheiros de tropa, interpretado por Liev Schreiber, e que concorre a um cargo político, possa estar sendo controlado pelo inimigo. Por este filme, Meryl Streep venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante, por seu papel como a mãe do personagem de Liev Schreiber.
Cheguei a falar aqui no programa sobre um dos últimos projetos do diretor, também com Meryl. O filme Ricki and the Flash: De Volta pra Casa tem Meryl Streep na pele de uma roqueira sessentona que volta pra casa para se reaproximar dos 3 filhos ( filme que conta inclusive com a filha de Meryl no elenco). A produção estreou em 2015:
Outro projeto recente que estava nas mãos do diretor é o documentário musical Justin Timberlake + The Tennessee Kids, de 2016, projeto lançado pela Netflix.
E claro que essa não foi a primeira incursão do cineasta no mundo da música. Em 2006, Damme lançou Neil Young: Heart of Gold, uma mescla de entrevistas e performances filmadas durante o verão de 2005, com o próprio Neil Young e membros da banda, em clima do álbum Prairie Wind. O diretor teria ainda mais um encontro com artista, em Neil Young Journeys, de 2011.
E fechando minha lista de filmes de Jonathan Domme, indico ainda O Casamento de Raquel. O filme é protagonizado por Anne Hathaway, uma garota que volta para a casa da família para o casamento de sua irmã Rachel. Mas ela tem uma carga: longo histórico de crises pessoais, conflitos familiares e tragédia. O final de semana com amigos, familiares e conhecidos do casal que seria apenas alegre, agora conta com humor mordaz, sarcasmo e dramas trazidos pela garota. Anne Hathaway recebeu indicação ao Oscar por seu papel neste filme, e venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama.
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