Na sexta, em show apresentado na cidade de Teofilo Otoni, o humorista Gustavo Mendes, que interpreta a presidente Dilma Rousseff na TV e em seu canal do YouTube, foi interrompido por parte da plateia:
https://twitter.com/jouberth19/status/1167667648425054209?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1167667648425054209&ref_url=https%3A%2F%2Femais.estadao.com.br%2Fnoticias%2Fgente%2Conde-estavam-essas-pessoas-quando-eu-debochava-da-dilma-diz-ator-sobre-publico-que-saiu-show%2C70002991162
Em seu stories o comediante falou sobre o ocorrido:
“Vocês já devem estar sabendo o que rolou em Teófilo Otoni, uma tentativa de censura, mas comigo não violão, comigo não. Eu fiz uma piada com o Bolsonaro, no meu papel do comediante, e algumas pessoas se revoltaram e tentaram impedir o show. Eu botei eles para correr, botei para fora do meu show, porque fascista não tem lugar no meu show”.
“A causa é maior, o problema deles não era político, não era piadas com política. Porque eles me conhecem, eu sou o Gustavo Mendes, eu pautei minha carreira em cima de política. O problema deles era o fascismo e o autoritarismo e achar que podiam calar um artista que sempre fez questão de ter voz, de falar suas posições mesmo que isso me custasse um alto preço. Censura não e eu quero contar com todos vocês que são contra a censura para não deixar esse autoritarismo covarde e cruel tomar conta do país.”
Em entrevista à coluna Base, do Jornal O Dia, Gustavo Mendes relatou que desde o início do show começaram as provocações, e que sua impressão é de que ali existia um grupo articulado e que foi exatamente para criar essa situação. Sobre o grupo, ele disse:
“Não eram eleitores do Bolsonaro… Era um grupo fascista, que por coincidência votou no Bolsonaro. O que eu fiz foi exigir que eles se retirassem, que eu devolveria o dinheiro deles. Eu não queria eles ali, porque ninguém precisa de fascistas perto, na sua plateia. Infelizmente não tem como selecionar quando a gente vende ingresso, mas naquela hora eu pude fazer isso. pedi para que eles se retirassem e segui com o show.”
Sobre as críticas ao governo, Gustavo Mendes disse que seguirá fazendo o que acredita:
“Vou manter minhas críticas, sim, como manteria a qualquer governo. Eu fiz isso durante os seis anos do governo Dilma, durante os dois anos do governo Temer e farei isso enquanto durar o governo Bolsonaro. Esse é o papel do comediante, o papel do artista. É apontar o as mazelas, apontar o dedo, denunciar. O humor é um lubrificante social que faz com que os assuntos dolorosos penetrem de forma mais fácil na sociedade. Eu permanecerei assim, esse é o meu papel.”
Na internet, muitos humoristas comentaram o acontecido:
Perfeito https://t.co/5UEPykdMHv
— Danilo Gentili (@DaniloGentili) September 1, 2019
O @LeoLins está sendo censurado por poder estatal em todo local que vai. A mídia não dá o mesmo destaque por quê?
— Danilo Gentili (@DaniloGentili) September 1, 2019
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