Quando a Malu nasceu, fui surpreendida com uma constatação: O instinto materno não veio junto com o parto.
É isso mesmo que vocês leram. Eu não fazia ideia do que ia acontecer nos dias seguintes.
Troquei a fralda de todos os meus primos por anos e a dela vazava em toda troca.
Dei aula no ministério infantil da igreja, mas não conseguia fazer ela parar de chorar.
Amamentação não veio com um botão de liga e desliga e eu nem conseguia posicionar ela no meu peito.
Na verdade, acho que a única coisa que eu fazia bem era o “shhh shhhh” pra ninar ela (tirando o fato que ela não dormia, pelo menos se acalmava).
Meus pensamentos mais românticos e preconceituosos me diziam que mulher nascia pronta pra fazer isso… Mas eu não tinha ideia!
Conhecer um bebê leva tempo.
Suor, observação, tentativa e erro.
Aos poucos e com o passar dos meses, fui moldando o que chamam de instinto materno e entendendo choros, angústias e particularidades da minha filha.
Não foi do dia pra noite: lembro bem das vezes em que entreguei ela para o meu marido e me tranquei no banheiro pra chorar, culpada da frustração de ser a pior mãe do mundo.
Eu não estava sendo.
A mãe perfeita que idealizei na minha cabeça estava.
Por isso, minha amiga… Não se culpe se tiver um recém-nascido nos braços e o desespero bater.
Você está fazendo um trabalho incrível e essa história de instinto materno não vem junto com pacote de fralda.
Abandone essa mãe perfeita dentro de você e desamarre esses nós.
Só assim você vai conseguir abrir espaço pra seguir a mulher incrível que existe dentro de você, e vai por mim: essa não falha!
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