Com quase 208 milhões de habitantes e 61 milhões de veículos em circulação, o Brasil enfrenta hoje um dos maiores desafios globais do século 21, que é a Mobilidade Urbana. Como permitir que pedestres, motociclistas, ciclistas e motoristas convivam de forma eficiente e respeitosa nas mesmas vias? O tema é complexo, mas com a ajuda de novos modelos e tecnologias dá para sonhar com um trânsito mais fluído.
A boa notícia é que há, sim, solução urbanística e tecnológica para tirar o Brasil dos congestionamentos e reduzir o tempo perdido pelos motoristas no trânsito. Mais do que dinheiro, a mudança passa pela adoção de modelos inteligentes de tráfego e modificação até da estrutura das cidades. Hoje, estima-se que o brasileiro fique 45 dias por ano no trânsito. Diante desse cenário, as propostas de mobilidade urbana sustentável também ganham muito peso na discussão. Além dos transportes sobre trilhos, como metrôs e trens, cresce o incentivo ao uso de bicicletas - comuns ou elétricas. Isso, no entanto, demanda o investimento na construção de ciclofaixas e ciclovias.
Não há uma única solução para o tema Mobilidade Urbana, mas a união de várias saídas para esse problema universal.
A ausência, no passado, de políticas públicas para transporte de massa e mobilidade urbana, aliada a passagens mais caras, provocaram uma queda visível na utilização do transporte público no Brasil. Estima-se que o número de passageiros de ônibus, por exemplo, caiu em 50% nos últimos anos. Em algumas cidades, dependendo do trajeto, é mais barato usar moto ou carro do que o ônibus, metrô ou trem. Sem falar nos casos em que há ausência total de transporte público.
Esse cenário deu força para a criação, em 2012, da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que foi revista e modificada em 2017. Municípios que ainda não elaboraram o Plano de Mobilidade Urbana terão, agora, prazo até dezembro do ano de 2022 para a elaboração. O desafio é desafogar o trânsito e proporcionar deslocamentos mais eficientes para a população.
Ministro das Cidades
Secretário de Planejamento e Gestão
Secretário de Mobilidade Urbana
Coordenador do Centro de Política e Economia do Setor Público (CEPESP)
Diretor de Politicas Publicas da Uber
Drones nos céus, carros, ônibus e caminhões sem motoristas nas ruas e estradas. O futuro da Mobilidade Urbana será dominado pelas tecnologias. Sensores, aplicativos e conexões à internet ultra rápidas prometem trazer modelos inimagináveis ao nosso dia a dia. Gigantes do mundo da Internet, montadoras e até mesmo fabricantes de aeronaves estão reinventando os bastidores da locomoção e se preparando para dar início a uma nova era que deve mudar a forma como transitamos de um ponto para o outro.
Já imaginou pegar um táxi-drone? Não é filme futurista, mas um dos projetos que envolve players globais e pode mudar os hábitos de muita gente. No campo dos veículos terrestres, os veículos híbridos e elétricos ganham cada dia mais relevância na discussão assim como a tecnologia embarcada em carros e motos.
Waze
Diretor de negócios para governo da chinesa ZTE
Vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Mastercard
Diretor-presidente da CCR
Um meio de transporte não substituirá o outro. Todos os modais se complementam. Com o trânsito moroso, muita gente passou a buscar nas bicicletas uma alternativa ao tempo perdido. Com os corredores de ônibus em cidades como São Paulo, há também quem prefira deixar o carro na garagem para usá-los sempre que possível. Correr de casa para o trabalho também foi uma alternativa 2 em 1 encontrada por alguns executivos de mercado. Em qualquer que seja o meio de locomoção, a preservação da vida é uma questão tão prioritária quanto a fluidez do tráfego.
Presidente da Oracle Brasil
ANTP
Diretor-Presidente Detran
Diretora-executiva do IVM (Instituto Cidade em Movimento)
A Mobilidade Urbana passa pela mudança de hábitos da população. Morar muito longe do trabalho e colocar mais um veículo de trânsito é um problema quando multiplicado por milhão. Esse amontado de carros e motoristas presos no trânsito fez as incorporadoras enxergarem a enorme fatia da população que precisava residir em regiões das cidades mais próximas das empresas. Foi assim que, de olho nessa demanda e também em quem mora sozinho, que os apartamentos compactos vêm ganhando força. Com eles, surgiram os serviços compartilhados - muito além da piscina, os prédios agora ganham lavanderia liberada para uso de todos e bicicletário. Isso sem falar na adoção do conceito de carsharing, que tende a virar um diferencial. Questões de sustentabilidade estão priorizadas nisso, já que o intuito é poluir cada vez menos, assim como o respeito aos portadores de deficiência física que precisam encontrar estruturadas preparadas para seu fácil deslocamento.
Vitacon
Urbanista
Arquiteto e designer
Alameda Santos, 1437 - Jardim Paulista, São Paulo - SP, 01419-001, Brasil